"Andarão dois juntos se não estiverem de acordo? Versão ARC 2009
Amós 3:3
Contextualização
Por contradições de momento, Israel estava dividido em dois reinos, o reino Israel situado no norte e o reino de Judá no Sul. O povo de Israel, como uma nação única, havia quebrado o acordo estabelecido com o seu Deus. Cada um dos reinos afirmava adorar a Deus mas quebravam continuamente o pacto estabelecido. Apesar da prosperidade, os ricos oprimiam os mais pobres e escravizavam-nos. Isso contrariava a lei divina - amarás o teu próximo como a ti mesmo. Amós, um desconhecido pastor em Judá na cidade de Tecoa, é chamado por Deus com a missão de ir ao reino de Israel e alertar sobre a quebra da aliança estabelecida com Deus e das consequências eminentes. Israel era governado por Jeroboão I, um rei arrogante e idólatra. O apelo de Amós a Israel ia no sentido de que corrigissem os seus comportamentos e atitudes desviantes. Que vivessem de acordo com a ética social correta emanada da lei de Deus e no pacto estabelecido nos três primeiros mandamentos. (Ver Deuteronômio 5:6-9 Versão ARC 2009)
Meditação
"Diz-me com quem tu andas e direi quem tu és." Este é um provérbio popular bem conhecido e que revela em profundidade uma verdade que não pode ser negada. Se ando com tolos devo ou posso ser tolo. De contrário não caminharia com eles. Dito de outro modo, tem de haver um pacto tácito ou formal para que ande com os mesmos. Se caminho com sábios devo estar de acordo com o seu estilo de vida. De outro modo não me envolveria com os sábios se não obtivesse nenhum proveito nessa caminhada. Todo o declínio moral de Israel derivava da sua negligência ao pacto que fizera com Deus. A sua convivência pacífica com povos que adoravam outros deuses desafiava a aliança que estabelecera com Deus. Tanto era assim que Deus, através do profeta Amós proclamou o seguinte, cito: "Portanto, assim te farei, ó Israel! E porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus." (Ver Amós 4:12) Deus estava deveras aborrecido com a quebra do acordo estabelecido. Investira muito para fazer de Israel um povo santo, separado e que reflectisse o seu propósito divino perante as nações. Quando Deus mandou a Moisés para que preparasse o povo para consigo se encontrar, a visão que lhes foi transmitida da presença de Deus deixou o povo aterrorizado. Trémulos e incapazes de permanecer no lugar preferiram se ausentar. Pediram a Moisés que ele se encontrasse com Deus e os transmitisse a sua mensagem. É esse mesmo Deus que convoca Israel para o encontro. E não era um encontro agradável. Daí a necessidade de preparação que era exigida. Israel deveria rever os termos da aliança estabelecida, deveria verificar se estava cumprindo esses termos e deveria então se apresentar ao seu Deus. É uma impossibilidade caminharmos com quem não possuímos um acordo de princípios de conduta e de estilo de vida que a nossa. Que não avalia da mesma forma como avaliamos a realidade presente. Que não acredita na existência de Deus. E crermos que podemos manter firme a nossa aliança espiritual. Se mantivermos essa relação seremos sem qualquer dúvida desencaminhados. Como poderemos caminhar com um infiel e mantermos a nossa fidelidade e fé? O apóstolo Paulo escrevendo a comunidade de Coríntios dizia, cito: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis, porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?" O que Paulo manifestava era o repúdio de ver os Coríntios mantendo alianças com aqueles que não perseguem o mesmo estilo de vida. Ficava espantado de verificar que os Coríntios se sentiam a vontade conviver os ídolos. Se mantemos as nossas relações de amizade e se temos uma convivência natural com os infiéis então estamos de certa forma de acordo com os seus princípios, os seus valores, o seu comportamento e as suas atitudes morais. Ou seja, temos a mesma visão espiritual. A pergunta que Deus deixa no versículo da semana é: Queremos manter a aliança estabelecida de o termos como único Senhor das nossas vidas ou se queremos romper essa relação? Queremos, mesmo sendo salvos, manter a nossa convivência com os incrédulos, os maldizentes, os avarentos, os murmuradores, os detratores, os presunçosos, os aborrecedores de Deus? Cremos na comunhão entre a luz e as trevas? Em resumo, Deus questiona como dois andarão juntos se não houver acordo ou alinhamento dos estilos de vida entre as partes. Se este Post despertou a necessidade de buscar uma fé pura em Deus, então partilhe para a sua glória.
NA PRESENÇA DE DEUS é um espaço virtual criado e elaborado com o objectivo de partilhar a palavra de Deus a todos os homens, através de meditações mensais, resultados de introspecção efectuadas por um homem simples e comum, porém com um coração rendido a Deus.